Páginas

quinta-feira, 14 de outubro de 2010





                                                                 II capitulo







             Lirity, aos 17 anos, e suas amigas, todas da mesma faixa etária, formavam um grupo de dança no colégio desde o primeiro ano do ensino médio. As meninas quase sempre ganhavam os concursos, pois, ensaiavam muito durante todo o ano. Lirity principalmente. Como dançava bem! Parecia realmente ter nascido pra isso! Apesar de ser pequena e magrinha, era linda! Sua pele era branca, seus cabelos negros e seus olhos azuis. Ela se destacava no grupo. Também estudava muito, era bolsista no colégio e não poderia deixar suas notas caírem. Poderia perder a bolsa e sairia do grupo, e isso era o que mais temia, pois dançar era seu único prazer. Não era de sair pra balada, e ainda não havia se interessado por nenhum menino.
           Era a filha mais velha entre três irmãos. Seu pai, Sr. Mauricio, trabalhava como vigia noturno e sua mãe, Dona  Margareth, era costureira. Inclusive era ela quem confeccionava as roupas do grupo de dança. Desta forma podia pagar as usadas por sua filha nas apresentações.
A renda da família era muito pequena. Não sobrava nenhum dinheiro pois, além das despesas normais ainda tinha despesas com material escolar.
          Dona Margareth, apesar das dificuldades, fazia gosto de ver sua filha mais velha tão estudiosa. Dentre os três, foi a única que consegui a bolsa de estudos num dos melhores colégios de Santa fé.
          Seu pai também se orgulhava. Dizia sempre, com um olhar duvidoso: Essa aí vai ser Doutora!... Mas, às vezes acho é que vai ser bailarina mesmo! Não sei se gosta mais de estudar ou de dançar. Acho que só estuda pra dançar. Não vejo essa menina fazendo outra coisa. As outras da sua idade, até mesmo sua irmã mais nova, vivem falando de meninos, de bailes, de moda, e de festas. Ela não. Quando não está estudando está dançando. Nunca nem me pediu para sair à noite!
          Sua mãe até que achava bom a filha ser assim, pois, estando ocupada com outras coisas não tinha tempo para pensar “bobagens”.
         A única preocupação da mãe era o fato de não saber nada sobre a vida intima da filha, queria que a filha se abrisse mais com ela e lhe contasse mais de sua vidinha. Queria que ala agisse um pouco como Letícia, sua irmã mais nova, que aos onze anos era tagarela, e até sobre um beijo roubado já tinha lhe falado. Na verdade Dona Margareth sabia que a filha mais velha só se abria de verdade com Pâmela, sua melhor amiga e colega de classe. Não era de conversar nem com Leandro seu irmão, apenas um ano mais novo do que ela.
        Pâmela era filha única e cuidava de Lirity como se fosse sua irmãzinha, pois era alguns meses mais velha. As amigas moravam em bairros distantes e se conheceram quando foram estudar no Prof°. Moraes, uns dos melhores colégios de Santa Fé.
      Ao contrario da família de Lirity a de Pâmela tinha uma situação financeira confortável, apesar das diferenças as duas garotas se relacionavam muito bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário